sábado, 18 de outubro de 2008

PJ quer atirador do GOE na cadeia por homicidio

A Polícia Judiciária quer investigar por eventual homicídio os atiradores especiais da PSP que dispararam sobre os dois assaltantes do banco BES, em Lisboa, no último Verão. Os homens da PSP, cumprindo ordens, dispararam e acertaram em cheio nos dois assaltantes, mataram um, e os reféns acabaram por ser libertados. Agora, os polícias arriscam-se a ser acusados de homicídio. É uma notícia TVI.

São treinados para disparar e raramente falham. No dia 07 de Agosto cumpriram a ordem que lhes foi dada, alvejar os dois assaltantes do Banco Espírito Santo, na rua Marquês da Fronteira, em Lisboa.

A investigar o caso há pouco mais de dois meses, a Polícia Judiciária tentou extrair uma certidão para investigar, num processo autónomo, a possibilidade de acusar por homicídio o polícia que matou um dos assaltantes.

Dois disparos em troca de duas vidas inocentes foram estas as contas da Polícia de Segurança Pública no dia do assalto. Contas diferentes faz agora a Polícia Judiciária que pretende despistar quaisquer dúvidas sobre a actuação dos elementos do Grupo de Operações Especiais. Por isso mesmo propôs a extracção da certidão. Uma diligência vetada pela magistrada do Ministério Público que coordena o inquérito.

Perfeita ou não, a forma de trabalhar dos atiradores especiais está prevista na lei que diz que os polícias podem atirar nomeadamente para libertar reféns. O Código Penal reforça a ideia de que há tiros e tiros. No artigo que exclui de culpa e ilicitude os actos praticados em legítima defesa.

Os dois brasileiros fizeram inicialmente seis reféns. Quatro foram libertados pela Polícia, dois passaram oito horas de angústia de mãos atadas e armas apontadas à cabeça. A actuação dos polícias que lhes salvaram a vida ficou nas bocas do povo e está agora nas mãos da Judiciária.

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